sexta-feira, maio 30, 2008

Força Portugal

Como Português que sou, e que me orgulho em ser, quero aqui deixar um "Força Portugal" a toda a selecção Nacional e a todos os Portugueses. Sim, porque apesar de a maior parte de nós, Portugueses, não termos possibilidade de acompanhar os jogadores até á Áustria-Suíça, ficaremos cá, numa televisão mais próxima a sofrer e a vibrar por eles. Confesso que no Mundial de 2006 quase me dava um ataque no jogo Portugal-Inglaterra. Aqueles malditos penalty´s quase me mataram do coração. É com este pensamento que deixo também um força Portugal a todos os Portugueses.
Quero também deixar aqui o aviso para que quem, por algum motivo, ainda não é sócio da nossa Selecção, que se faça o mais rapidamente possível aqui (Não tem custos nenhuns). Está provado que quando os Portugueses se juntam numa causa, saímos sempre bem vistos e orgulhosos de Portugal. É com o futebol, com a volta a Portugal em bicicleta, é no rugby...

Deixo agora um pequeno vídeo retirado do youtube com algumas imagens do Universo Português em redor da nossa selecção.

BOA SORTE SELECÇÃO... E conquistem o "raio da taça de vez"!!

Euro 2008

Agora que terminou o campeonato nacional de futebol, o povo português pode enfim concentrar-se naquilo que verdadeiramente importa: o campeonato europeu de futebol. O facto de a competição se disputar, desta vez, no estrangeiro, não nos isenta do dever de, num acto prenhe de patriotismo, voltarmos a engalanar as nossas janelas com as melhores bandeiras portuguesas que se fabricam em território chinês. Em 2004, o professor Marcelo incentivou os portugueses a desfraldarem bandeiras nacionais por essas vidraças afora, de modo a mostrar a toda a gente o orgulho que nós, enquanto povo, temos em fazer compras nas lojas dos trezentos. Desta vez, se me permitem, gostaria de me adiantar ao professor Marcelo numa proposta de elevado valor patriótico. Saliente-se que o faço por simples amor ao País, e não por querer ser Presidente em 2016. A minha sugestão é a seguinte: além da bandeira nacional, ornamentemos os nossos parapeitos com um busto da República e uma fotografia do Cavaco. Nada contra a bandeira, que é bonita e ondula ao vento como ninguém (melhor do que o busto, por exemplo), mas desbota depressa e tem tendência para esfiapar ao fim de uma semana ou duas.Já o busto, que é de gesso, resiste melhor à intempérie. Além disso, como a República tem um seio de fora, entusiasma um pouco mais (com todo o respeito para com a esfera armilar, também ela muito sensual, à sua maneira). A fotografia do Presidente, além de completar este ramalhete patriótico, contribui para espantar os pombos, inibindo a passarada de debicar a bandeira e de se empoleirar no busto.Confesso que ficarei muito triste se o povo português, que aderiu tão maciçamente à proposta do professor Marcelo, não fizer caso da minha só porque é um pouco mais onerosa e, em certa medida, parva. Mas a desilusão será mitigada pelo facto de o País já estar completamente empenhado no Euro, e com razão.O Público de segunda-feira trazia uma interessante reportagem que juntava especialistas em futebol, como Humberto Coelho ou Bruno Prata, e completos leigos que pouco ou nada sabem sobre bola, como José Diogo Quintela ou Artur Jorge. Afinal de contas, já só faltam 23 dias para o jogo de abertura. Não temos muitos dias para iniciar a nossa preparação, enquanto adeptos. Em meados de Junho, teremos de estar com os níveis de patriotismo no ponto certo para apoiar os jogadores da selecção nacional e suportar com denodo a desilusão que eles vão proporcionar-nos desta vez. Todo o tempo é pouco.
Retirado de www.visao.pt
Artigo de opinião de Ricardo Araújo Pereira

domingo, maio 18, 2008

EU TAMBÉM QUERIA UM CARRO COMO O K.I.T.T. POSSO TER UM???

A resposta é simples... Compra um iPhone, e talvez um dia poderás ter uma espécie de K.I.T.T!

Foi apresentado na
CES 2008 um novo conceito muito interessante pela empresa Delphi. Estes criaram uma aplicação web que corre num "simples" iPhone, que permite controlar um carro (um GMC Acadia).



O prototipo apresentado era capaz de mostrar dados relativos ao funcionamento do automóvel. Abrir e fechar vidros, guardar as definições de conforto do utilizador (posição e altura do banco), colocar o motor em funcionamento entre outras.

O iPhone controla todas estas características, comunica com o veículo através da Internet, o que pode ser muito “interessante” em termos de segurança.

OK, é só um prototipo mas poderá vir a ser comercializado num futuro próximo. Para já, irá ser com certeza melhorado até serem corrigidas todos os potenciais elementos de falha.

Imaginem o porreiro que será podermos fazer corridas de carros de tamanho real utilizado apenas iPhones com ligação WiFi!!

Vejam a demonstração...

Brutal!!!!!

Fonte -> http://www.pplware.com/

sexta-feira, maio 16, 2008

Ler jornais é saber mais ou menos o mesmo

Metade do que se escreve sobre mim na imprensa é mentira; a outra metade é deprimente. Os jornalistas perguntam-me muitas vezes se costumo ter problemas com as pessoas, na rua. Se me incomodam, se me causam transtornos de qualquer espécie. A verdade, porém, é que só tenho problemas com jornalistas. O público tem a grande sensatez de não me ligar nenhuma.
O elemento principal no conflito que me opõe aos jornalistas é este: eles levam a mal que a minha vida seja ligeiramente menos excitante que a da Elizabeth Taylor. E tomam em mãos a tarefa de acrescentar sofisticação à minha triste existência. Creio que tudo começou há três ou quatro anos, quando certa jornalista quis escrever uma peça sobre os meus luxos e excentricidades. Constatando que não existiam, viu-se forçada a inventar alguns. Foi, no entanto, uma invenção fortemente alicerçada nos factos. A senhora telefonou para o Jornal de Letras na esperança de descobrir se a vocação para o requinte tinha começado no meu primeiro local de trabalho. Era, convenhamos, o sítio ideal para procurar. Se há glamour, é no Jornal de Letras. As festas espampanantes, o convívio permanente com estrelas internacionais e as noitadas de sexo e álcool fazem da publicação a Vogue portuguesa. Sucede que, por azar, naquela semana o JL celebrava um aniversário, e eu tinha enviado aos meus antigos camaradas de redacção um desses cestos que se encomendam na net e que têm flores, chocolates e vinho espumoso. «De que marca é o champanhe?», perguntou a jornalista. Parece que era francês. E assim nasceu o mito da minha grande afeição por champanhe francês. Se eu bebo champanhe duas vezes por ano, é muito. E não faço questão de lhe investigar a nacionalidade. Mas, depois daquele artigo, não há nenhuma nota que se escreva sobre mim na imprensa que não contenha a referência ao facto de eu ser um refinado apreciador de champanhe – e do francês.
Outro jornal, há uns meses, publicou uma detalhada reportagem sobre as minhas «férias de luxo» (quase tudo o que eu faço é, para a imprensa, «de luxo». «Ricardo Araújo Pereira foi à mercearia comprar dois quilos de batatas de luxo», é uma hipótese de título). Eu teria estado na Tailândia, que nem um nababo, em duas praias magníficas. Na verdade, em 34 anos de vida, nunca fui para oriente de Istambul. E naquele ano, se não estou em erro, tinha passado as férias em casa. É claro que a publicação de mentiras sobre mim me incomoda. Mas confesso que o que me indigna acima de tudo é o facto de a vida que os jornalistas inventam para mim ser melhor do que aquela que eu, na realidade, vou levando.
Mais recentemente, outra jornalista foi acompanhar um dia de gravações do Gato Fedorento. Sendo, como sou, um carroceiro (característica da minha personalidade que a imprensa nunca refere, porque é difícil de conciliar com a de apreciador de champanhe), em determinada altura fiz uma piada obscena que implicava designar certa parte do meu corpo por «os tintins». A jornalista foi para a redacção e escreveu dois ou três sólidos parágrafos sobre o meu apreço por banda desenhada em geral e pela obra de Hergé em particular. E é assim que, hoje em dia, sempre que sou convidado para ir falar a uma escola, por exemplo, os miúdos me recebem invariavelmente com um livro do Tintim, para a minha colecção. «Esperamos que ainda não tenha este», dizem eles. Como não tenho nenhum, acertam sempre.
Para dizer a verdade, nada disto me afecta especialmente. Há já muito tempo que não leio nada do que se escreve sobre mim. E não é pelas imprecisões constantes, nem sequer por sobranceria relativamente à opinião dos outros. É o tema que não me interessa.
Retirado de www.visao.pt de Ricardo Araújo Pereira

segunda-feira, maio 05, 2008

Estacionamento para mulheres onde elas realmente precisão

Centros comerciais com estacionamento reservado a mulheres grávidas ou cidadãos com deficiência não são novidade. Mas o shopping 8.ª Avenida, inaugurado, há um mês, em S. João da Madeira, decidiu acrescentar lugares exclusivos para... as mulheres, mais largos do que os "normais" e até mais generosos do que alguns dos espaços reservados para deficientes, mulheres grávidas ou idosos. Muitos sanjoanenses, que não poupam nos elogios à nova coqueluche do concelho, consideram a medida discriminatória.São apenas quatro lugares de estacionamento, no parque interior, destinados em exclusivo aos clientes do sexo feminino, num universo de 1400. Mas estes espaços, pintados de cor de rosa, e que se encontram a poucos metros de outros estacionamentos reservados a grávidas e a mulheres com crianças, famílias numerosas e a cidadãos com deficiência, são os que causam estranheza quase imediata à generalidade da clientela, até às próprias mulheres."Nem tinha reparado que havia espaço exclusivo para nós, mas também nem era preciso", adiantou, ao JN, Rosa Silva, uma estudante de Oliveira de Azeméis, que considera a iniciativa "despropositada". Mas para o responsável do centro comercial, José Duarte Glória, a explicação é simples e, na sua opinião, sem justificação para considerações menos abonatórias. Adianta que a cedência dos lugares de estacionamento para as senhoras se trata, apenas, de uma "gentileza" para com as clientes. Lembra que os espaços em causa se encontram junto dos acessos directos às lojas comerciais, facilitando, dessa forma, a deslocação dos clientes do sexo feminino. "Queremos que as senhoras e outros clientes se sintam bem no centro comercial", justifica.
Antes do espaço de estacionamento reservado às mulheres, já o centro comercial era motivo de conversa obrigatória na cidade, por causa dos inovadores WC dos homens, que ostentam uma montra em vidro, por detrás dos urinóis, onde se encontram vários manequins vestidos com roupas e poses sensuais. Já visitaram o espaço cerca de 412 mil pessoas. Mais de 20 mil já frequentaram as salas de cinema.
De Salomão Rodrigues in Jornal de noticias

Portugal

"Nos séculos XV e XVI os Portugueses eram os grandes conquistadores, ao darem novos mundos ao mundo. Foram, sem qualquer dúvida, anos de glória, de que todos nos orgulhamos! Um país pequeno, à beira mar plantado, que partiu à descoberta dos mares e das riquezas que moravam do outro lado do mundo.
Vários séculos depois, com uma generalizada falta de confiança, importa perceber quais são as nossas conquistas actuais. Importa dar a conhecer os novos “Vascos da Gama”, que possam servir de referência para as gerações mais jovens, e de orgulho para as menos jovens.
Temos o Futebol Clube do Porto, mas “há” 6 milhões que não se revêem neste grande clube. Claro que temos o Cristiano Ronaldo, mas a confiança de um povo não pode, nem deve, depender só do futebol. Temos a Mariza, mas nem só da música podemos viver. Temos José Saramago, mas a literatura também não alimenta o espírito de todos. Precisamos de mais... de outros valores.
Mas o que mais temos nós que possa ser motivo de orgulho? Quem são outros dos nossos “conquistadores” contemporâneos? Temos a ciência portuguesa! Temos os investigadores portugueses! Temos as descobertas importantes que vão sendo feitas por estes investigadores! Não são heróis, nem devem ser idolatrados. Mas podem ser motivo de orgulho!
Portugal tem vindo a fazer uma aposta firme na formação avançada que está a dar frutos. Muitos portugueses têm tido a oportunidade de trabalhar nos melhores laboratórios, nas melhores Universidades, com os melhores investigadores por todo o mundo. Por um lado, estas pessoas têm tido oportunidade de desenvolver trabalhos de grande qualidade, que são depois publicados nas melhores revistas, como a Science, a Nature, ou a Cell. Por outro lado, têm mostrado que os portugueses são tão capazes como “os outros”.
Por norma, são pessoas muito motivadas e trabalhadoras, e por isso os casos de sucesso são numerosos. Para além de todos estes sucessos fora de portas, há também vários grupos portugueses em Portugal que têm sido capazes de desenvolver trabalhos de mérito reconhecido, com impacto internacional. Para se ser bom não é necessário sair de Portugal, e temos vários exemplos destes. Mas passar algum tempo no estrangeiro deve fazer parte da formação científica.
Ajuda-nos a compreender como os outros funcionam, como pensam, e ajuda-nos também a perceber o que é bom e o que é menos bom e que devemos evitar. Ajuda-nos a aumentar a dimensão das nossas conquistas. Ir para fora deve ser visto como algo natural e não como uma “fuga de cérebros”, uma ideia que, quanto a mim, tem sido alimentada de forma errada, já que não são investigadores já estabelecidos e com provas dadas que saem de Portugal. De qualquer forma, o desafio para Portugal está em atrair mais investigadores. Quer sejam portugueses ou estrangeiros. Precisamos dos que têm qualidade e são competitivos sendo também capazes de atrair financiamento internacional para o nosso país. E precisamos de lhes dar condições para que possam desenvolver os seus trabalhos.
Como país, precisamos de políticas concertadas que apostem na ciência a longo prazo, independentemente dos governos que possamos vir a ter. Temos semeado muito, e temos de perceber que estas colheitas só se farão daqui a vários anos. Temos de ser confiantes, primar pela qualidade, e explicar às pessoas que o que fazemos lhes vai ser útil. Temos de continuar a mostrar lá fora que temos qualidade, que temos ideias, e que sabemos fazer ciência, para aproveitarmos o potencial do nosso país.
Os investigadores devem também assumir o seu papel na divulgação das suas actividades, e conquistar espaço junto do público. Em Portugal temos ainda uma grande distância entre os investigadores e o público, o que faz com que muitas pessoas não percebam e não se interessem pela ciência. Neste campo as melhorias têm sido significativas, muito pelo trabalho da agência Ciência Viva. Mas outros agentes se têm encarregado de fazer comunicação de ciência, levando as conquistas e actividades científicas a todo o mundo, através da Internet. Aqui o destaque vai para o Ciência Hoje (www.cienciahoje.pt), lido em mais de 130 países, e com 14 mil visitas por dia. Números que impressionam, e que ilustram a importância da divulgação destes temas.
Mas, apesar de todos estes sinais positivos, nem tudo é ainda perfeito no nosso país e a ciência tem um longo caminho a percorrer. Precisamos de mais investimento, mais investigadores, mais ciência. Precisamos que toda a “máquina” que envolve e suporta a investigação propriamente dita esteja bem “oleada” e a funcionar continuamente, independentemente dos governos ou da política.
Cabe-nos a todos assumir o nosso papel como “conquistadores natos”, e trabalhar no sentido de impulsionar a ciência portuguesa, sabendo que, por esse mundo fora, há muitos com vontade de serem tão ou mais conquistadores do que nós. Por isso não basta parecê-lo. Temos de o ser"!


Por Tiago Fleming Outeiro