segunda-feira, setembro 09, 2013

Ainda dói...


Ainda dói, ainda dói tanto,
ainda tiro uma faca do peito quando te ouço, 
ainda tiro uma faca do peito quando me lembro que existes,
e depois fica o buraco de um sangue que não pára,
ainda tiro uma faca do peito quando me lembras que existes,
tudo o que faço é para te esquecer,
tudo o que procuro é para não ter de encontrar-te,
ainda me dóis,
ainda me dóis tanto,
meu amor.

Se todas as frases acabam em “amor”: então é amor.

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"In Sexus Veritas", de Pedro Chagas Freitas


PS: "Sejam Felizes!"

sexta-feira, julho 05, 2013

A gente vê-se por aí*


À dias que lhe ando para escrever... mas não conseguia sequer escrever uma palavra. O meu discernimento não existiu por dias. A noticia foi um choque muito forte. Tinha-mos um acordo e eu queria a todo o custo cumprir-lo. Lembro-me perfeitamente que lhe prometi que seria você a primeira pessoa a pegar no meu diploma de licenciado. Ia ser a primeira pessoa a quem eu ia dar um abraço quando termina-se o curso.
Mas não fui a tempo. Talvez pelo facto de você ter partido demasiado rápido. Ficarei com isso para sempre na lembrança. E você sabe que será lembrado no momento em que eu receber o diploma. Mas vou sentir a falta do seu grande abraço e dos seus parabéns.
Sabe Sr. Machado... Quando o vi pela primeira vez naquela capela, senti a sua alma bem presente. Senti-o a chamar por mim. A perguntar-me como é que eu andava, a dar-me um aperto de mão ao mesmo tempo que me agarrava o braço. Vi o seu sorriso (ainda o consigo ver). E tremi! Tremi muito... a sensação foi  tão real que estava a custar-me acreditar no que tinha acontecido.
Foi difícil acreditar, aceitar... sem nada poder fazer para mudar seja o que fosse. Desde o momento em que recebi a noticia, o meu pensamento estava a toda a hora em si. Sentia a falta de o ver... sentia que tinha de ir para o seu lado... e manter-me lá o máximo de tempo possível. Não me pergunte porquê, mas sentia. E era difícil vir embora, sabendo que você ficaria ali, imóvel...
Mas uma coisa é certa... enquanto eu viver, você viverá também. No meu coração o Sr. Machado está bem vivo. Presente a toda a hora. Com as melhores recordações que poderia ter de uma pessoa... que são muitas e que me preenchiam o pensamento a todo o tempo que estava ao seu lado.
Em primeiro, o seu enorme coração... Não conheço nenhum igual. Mas também lhe digo que essa qualidade, essa virtude, essa perfeição e talento foi passado à sua família. Uma família de coração enorme, que eu adoro. E que estarei disponível para o que precisarem de mim.
Lembro-me das vezes em que ia à sua casa e, estando eu com as duas mãos ocupadas com comida e bebida (porque consigo não podia ser de outra maneira), você insistia em dizer-me para comer, para não ter vergonha porque estava em casa.
Lembro-me da sua disponibilidade total para ajudar no que fosse preciso nas aulas de educação física. O seu escritório. Seu, porque não consigo imaginar ninguém a não ser o senhor naquele gabinete. As vezes em que me guardava a mochila da aula de educação física, para eu não andar o dia todo carregado com ela. Os sacos que me emprestava para os valores da turma (esquecia-me sempre =o)).
Os "cachaços" e puxões de orelhas que nos dava quando, sem autorização, íamos jogar à bola para o campo fechado =o) ... mas que logo nos pedia desculpas pela repreensão. O seu coração não o deixava ficar em paz consigo mesmo se não nos explicasse o motivo da repreensão e pedir-nos as suas desculpas. 
Recordo as vezes em que quando o professor faltava, o Senhor Machado nos emprestava uma bola para estar-mos a aula toda na brincadeira... cedia-nos o melhor espaço que estivesse disponível só para ver a nossa alegria.
Recordações tão boas, que nunca, mas nunca esquecerei. E que faço questão de as relembrar e manter-las vivas diariamente. Porque nós éramos os seus meninos. Porque não havia ninguém que não gostasse de si... E porque eu gosto muito de si, assim como sei que gostava de mim. Mas não sou o único a gostar de si. Deu para ver que o Sr. Machado era adorado por muita gente. Lembro-me daquela "cerimónia" na didaxis, quando ia deixar de trabalhar lá, a prenda dos professores ao Sr. Machado... e do sentimento que todos eles tinham por si. E eu sei que para si, aquele momento marcou-o. Sei, porque assisti e chorei ao ver aquilo. Porque também o Sr. Machado fez um enorme esforço para não chorar com a emoção de ver uma escola a aplaudir de pé a sua despedida. E sim, reparei que a fotografia à porta da capela, era essa mesma foto que lhe ofereceram nesse dia. O Sr. Machado vivia para os outros. Fazia tudo pelos outros... e como tal, fazia todo o sentido aquela fotografia com a assinatura dos professores, dos seus amigos.
Nunca será esquecido Sr. Machado. Porque pessoas como o senhor, vivem eternamente.
Esteja o Sr. Machado onde estiver, tenho a certeza que está bem, em paz e feliz. Porque tem de ser assim. Porque se alguém merece, esse alguém é você.
Não se esqueça de mim... (e tenho a certeza que não esquecerá). Porque o Sr. Machado ficará eternamente no meu coração.

Um beijo e até qualquer dia,

A gente vê-se por aí*

PS: A imagem é o fundo do meu telemóvel.... e ficará lá por tempo indeterminado...


terça-feira, abril 02, 2013

Sonhar? Que seja acordado...


Geralmente não gosto de sonhar enquanto durmo. É como caminhar em piso incerto, confuso e complicado... 
Não sabemos o que nos irá aparecer, nem podemos escolher o caminho por onde seguir. Não podemos escolher com o quê ou com quem queremos sonhar. 
O controlo dos sonhos de que falo não nos pertence. Pertence a alguém desconhecido que por vezes nos faz viver mundos irreais, impossíveis e dolorosos... E mesmo aqueles que são bons, acabam quando acordamos. Esse alguém, que nos obriga a viver nesses mundos adormecidos tenta de todas as formas colocar ideias e pensamentos na cabeça que não existem, irreais, impossíveis.
Prefiro sonhar acordado... Ter controlo do caminho a seguir, dos passos a dar para lá chegar. Não são caminhos tão incertos, tão impossíveis e tão irreais.
Prefiro ter o controlo do meu coracão e da minha mente... Consigo assim tomar conta deles e proteger-los daquilo que magoa.
Prefiro o real... Mesmo que magoe na mesma. Mas aí é culpa minha. Não é esse tal de alguém que nos impinge magoas, torturas e coisas que não estão sobre o nosso controlo.
Embora hajam sonhos bons enquanto dormimos, prefiro não os ter e evitar sonhos deste tipo. Os sonhos maus e mesmo os bons, quando acordamos tornam-se monstros enormes prontos a devorar-nos o tempo que nos resta acordados...
Quando adormecer, prefiro que o meu cérebro descam-se enquanto durmo. Que fique em stand-by e que trabalhe apenas quando voltar a acordar.
Como li algures, “Ás vezes é preciso dormir, dormir muito. Não para fugir, mas para descansar a alma dos sentimentos. Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil é engolir a vida. Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente”.
Portanto, prefiro dormir sem sonhar. Para que possa apenas descansar. 
Sonhos?! Que sejam acordados e que se tiver que ser, que dêem trabalho a conquistar. Mas pelo menos temos a certeza que são reais... Que pertencem à vida real.

João Lopes

PS: "Sejam Felizes!"

terça-feira, março 26, 2013

Deixa-me ser feliz assim...



PS: "Sejam Felizes!"


O amor tem prioridade...


Não há nada mais prioritário que o amor, mesmo que se apresente à direita. O amor tem isso, é prioritário sempre, quando a prioridade é à direita ele é a direita, quando a prioridade é à esquerda ele é a esquerda, quando a prioridade é ao centro, bem aí não tenho a certeza. O que eu sei e disso não tenho dúvidas, é que o que o distingue é esta prioridade. Não há nada mais prioritário que o amor – não pensem nisso – a tal ponto que no manual de condução de João Catatau – que é, como se sabe, o melhor – se deveriam mudar explicitamente todas as regras, todos os sinais de trânsito, com base nesta premissa: a prioridade é o amor. De resto, ainda outro dia fui parado numa operação stop e abeirando-se de mim ao mesmo tempo que batia uma reverente continência, o agente disse-me: O senhor sabe a asneira que fez? O senhor não sabe que aquela via tem prioridade? E eu, olhando-o fixamente nos olhos, com a reverência que a autoridade me merece, respondi-lhe: Engana--se senhor agente, a prioridade é o amor. E querem vocês saber que este não concordou e subtraiu-me 120 euros. Pois acreditem que sim. Mas não foi muito. Pelo amor já muitos ficaram sem tudo. E muitíssimo bem. Não há miséria melhor do que a provocada pelo amor. Podemos estar miseráveis sim, mas se não for pelo jogo, pela droga, pelo tráfico de armas, se for apenas pelo amor entendam-me, esta miséria nunca será absoluta, nunca será descabida aos olhos dos outros, nunca ficaremos sem nada, ninguém poderá dizer que perdeu tudo se lhe resta o amor ou tudo perdeu em nome dele. Quando muito poderão dizer “olha, foi o amor!” enquanto encolhem as orelhas. Ninguém pode dizer “olha, foi o tráfico de armas!” enquanto encolhem os ombros. O amor é como um cão ou gato que nos rói o cabo dos carregadores dos telemóveis: podemos ficar muito zangados quando o percebemos, mas desculpamos-lhe por sabermos que foi ele. Por isso, o amor tem prioridade. E quando o vejo de pé no autocarro, levanto-me e dou-lhe o meu lugar, para que se sente.


Fernando Alvim
Publicado originalmente no jornal i

PS: "Sejam Felizes!"

quarta-feira, março 13, 2013

O grande problema do amor


O grande problema do amor é que dá muito trabalho e há muitas pessoas que até nisto querem antes um emprego. Um emprego onde não as chateiem muito, onde façam o que têm a fazer, onde não inventem coisas novas - isso não, com os diabos! - nada de ideias extra, nada de esforços suplementares, nada que os obrigue a ficar nem mais um minuto depois da hora de saída. Mas o amor não é um emprego e não tem toque de saída, porque não tem saída.

E é isto, desde logo, que o distingue de um emprego. Num emprego entra-se às 9 e sai-se às 5, no amor estamos em regime de internato. Não conheço ninguém que não ame 24 horas por dia e já o mesmo não digo a quem preferiu a via do emprego. A minha sábia avó quando parcas vezes lhe apresentei uma namorada, olhava para ela e dizia sempre em tom de resignada comiseração “Mal empregada filha, mal empregada!” Justamente por isto, por perceber que a miúda não iria ter ali um bom emprego, por olhar para mim como um banco que fecha às 5, quando sempre lhe disse que era uma loja extra avozinha (daquelas que não fecham às 2), urgências de hospital, esquadra de polícia.

O amor que dá trabalho está aberto 24 horas por dia, não fecha nunca, quando muito coloca na porta um “ Volto já” e volta mesmo. Pelo contrário, o emprego pode sair às 5 da tarde e já não voltar às 9 da manhã. Por isso se diz que há muito trabalho, mas pouco emprego. O amor que dá trabalho - que é deste que estamos a falar- é daquele trabalho duro que suja a roupa, onde tem de se usar um daqueles capacetes amarelos fluorescentes, daqueles óculos especiais que os ministros usam quando visitam minas ou siderurgias nacionais. O emprego no amor, não usa nada disto. Faz o trabalhinho, mas de preferência sem sujar os calções, de preferência sem partir as unhas. E é por isso, por o amor dar muito trabalho, que há tanta gente no desemprego.

Fernando Alvim

Publicado originalmente no jornal i



PS: "Sejam Felizes!"


quinta-feira, março 07, 2013

Deixa-te levar


O problema de tudo isto é não nos deixarmos levar, seria tão mais fácil se o fizéssemos. Mas não, a desconfiança que se instalou em nós impede-nos disso. A mesma que de nós se apoderava, no tempo em ainda não existia uma moeda única como agora existe o euro. Ia-se a Espanha comprar caramelos, enchia-se o saco com as pesetas cambiadas e ficava-se ali, de olhar desconfiado, a ver se o homem se enganava nos trocos. E o homem dava-nos o troco e mesmo depois de termos confirmado que estaria certo – e estava certo - ficávamos sempre com a sensação, que de uma forma ou de outra, teríamos sido levados. E se calhar, tínhamos.

Crescemos a ouvir isto: “ Tu não te deixes levar!” e só agora percebo o mal que nos terá feito. Crescemos tanto, ficamos tão adultos, tão sábios, tão certos de tudo e de todos, que desaprendemos a deixar-nos levar. E eu quero deixar-me levar, como quando eu era mais pequeno e alguém me dizia “ vamos por ali!” e eu, sem que conhecesse o caminho, ia por ali, deixando-me levar, até que o fim do dia me devolvesse a casa ou uma carrinha daquelas camarárias.

O mundo está perigoso, dirão. Está bem, concordo, mas não é por isso que eu deixarei de sair à rua. Do mesmo modo, que não me deixarei de entregar a quem pouco ou nada saiba. Por mim, pode ser às escuras, que eu já vejo tanto. Por mim, pode ser já agora que amanhã é longe. E não quero saber de tudo, não preciso. Mania esta de que querermos saber tudo com detalhe. Eu não. Quero ter dúvidas e muitas de preferência. Quero ter boas dúvidas. Quero sentir que pouco ou nada sei sobre aquela pessoa como se esta fosse um livro novo que ainda não começamos a ler. E não, não quero saber a história, não preciso que me contem o filme todo porque já tenho o livro e quero lê-lo. Do mesmo modo que tenho uma vida e quero vivê-la sem grandes sinopses. Eu não quero saber de tudo. Que graça tem explicarem-me tudo, antes mesmo de eu o ter percebido. Isso é contarem-me o filme e eu quero ir vê-lo à sala de cinema.

E aqui chegado, o que eu quero, é deixar-me levar mesmo que perceba que me estou a deixar levar. Era preferível que não percebesse mas o que é querem? a idade adulta deu cabo disto. Por mim podem enganar-me à vontadinha, dizer que o amor é para sempre e que o Benfica ainda vai ganhar o campeonato – eu acredito, vos juro - podem afiançar-me que eu sou a única pessoa na vossa vida e a mais importante de todas elas – eu acredito, eu acredito – que é bom investir agora em acções – em compro, eu compro.

Daí que não queira fazer mais perguntas, por mim, está bom assim. Quero deixar-me levar. Já hoje. Daqui. Agora."

Fernando Alvim


PS: "Sejam Felizes!"

quarta-feira, março 06, 2013

Lição Nº. 1




As coisas simples são sem dúvida o melhor da nossa vida
Mas complicamos tanto que elas ficam sem saída.

Lição n . 1 do manual :

"Procurar a virtude no simples e natural"



PS: "Sejam Felizes!"

sábado, fevereiro 16, 2013

Não fosse isso e o amor seria tão simples



O grande problema do amor é não nos poder ser dado por alguém que escolhamos como certo e saibamos ser o melhor para nós. Desafortunadamente, o amor não se escolhe assim – antes fosse – e na maior parte das vezes opta justamente pelo sentido inverso. E do mesmo modo que existem doenças que precisam de um dador certo de medula para se curarem, também o amor não pode ser dado por qualquer um. E isso é que é o cabo dos trabalhos. Não fosse isso e o amor seria tão simples.

Que pena não haver uma marca branca para o amor, como agora se faz para alguns produtos de supermercado. Tão bom seria se, precisados de amor, simplesmente o adquiríssemos junto de quem estivesse disposto a dar-nos. O problema é que nós precisamos de estar prontos para recebê-lo. Senão, era muito fácil: ia-se à prateleira, tirávamos a quantidade de amor necessário para nos alimentarmos e, findo o stock, regressaríamos ao mesmo local para nos reabastecermos. Há quem faça isto com o sexo – e com o sexo dá e é muitíssimo bom – mas, com o amor, não se metam nisso. O amor não tem one night stand. Amar alguém não se pode fazer quando nos apetece, exige militância, acordar cedo para estar esticadinho na formatura.

Amar é estar nos quadros de uma empresa em lugar ministeriável, ter sexo é ser colaborador a recibo verde. Por isso é que há mais gente a ter sexo do que a amar – e reparem que não estou a adoptar nenhum dos lados –, mas quem ama pode ter sexo e quem tem sexo pode nunca conseguir amar.

Fernando Alvim

PS: "Sejam Felizes!"

terça-feira, fevereiro 05, 2013

E tu? Como és?


Perguntaram-me estes dias como é que eu era... sem dar conta, apercebi-me que descrever-me não é uma tarefa nada fácil. O que me ocorreu no momento foi basicamente: "vivo de sentimentos". E foi essa a minha resposta. Foi algo espontâneo, mas que na realidade é mesmo essa a minha melhor auto-descrição que podia dar à pessoa que me questionou.
Toda a minha vida, desde que me lembro, vivi de sentimentos. Sentimentos esses que definiam o que eu era, o que fui e o que vou sendo a cada dia que passa. Sentimentos bons que se tornaram maus, sentimentos maus que se tornaram bons.
Sempre fui movido pelos sentimentos. Sentimentos simples, como um sentimento de contentamento ao passar por uma criança na rua e ela lançar-me um sorriso, ou um acenar com a mão em sinal de adeus, como sentimentos mais profundos e que nos amarram e não nos deixam pensar em mais nada nem ninguém. O amor, a amizade, o sufoco, o ódio, a alegria, a tristeza... São estas as variantes que alteram a minha vida. São os sentimentos, não só os que descrevi a cima, mas todos os possíveis e imaginários, que me movem e que definem o meu dia, a minha semana, o meu mês, o meu ano.
Uma simples mensagem de bom dia (inesperada) pode mudar o meu dia... um simples abraço de alguém que me diga algo, um beijo mais demorado... um dar as mãos. Uma volta de carro a meio da noite, a sentir o vento, o silêncio, a noite. São simples gestos e situações que eu, como sentimentalista que sou, dou demasiada importância.
Tudo este pensamento surgiu-me através da pergunta "E tu? Como és?". E com esta pergunta, essa pessoa fez me sentir perdido, sem saber o que dizer. E só agora, que penso, tive a certeza de que a resposta dada não podia ser melhor e mais verdadeira.

Eu vivo de sentimentos... e tu?


PS: "Sejam Felizes!"

terça-feira, janeiro 15, 2013

Importa soberanamente que não amemos



"Amar é cansar-se de estar só: 
é uma cobardia portanto, 
e uma traição a nós próprios
 (importa soberanamente que não amemos.)"

Fernando Pessoa


PS: "Sejam Felizes!"

segunda-feira, janeiro 14, 2013

Mas se a vejo tremo...



(...) 
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
e eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se não a vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. 
(...)

Alberto Caeiro

PS: "Sejam Felizes!"